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13 de agosto de 2013

sufocada, afogada e inundada

Mergulho no zulmarinho como quem ver o fundo do mar e esquecer a superfície barulhenta, confusa e quem sabe anárquica. Mergulho afogando sonhos, inundando ideias e demolhando pensamentos. Aqui no fundo, olhar distorcido, imagino que não estamos preparados para a partida de ninguém e a vida sempre nos prega uma ou outra partida e tem pessoas que vão embora. Se calhar é por isso que temos dificuldade de deixar entrar gente nova nas nossas vidas.
Olha ali um peixe cheio de cor. Nem pousou para a fotografia. Ingrato, mas também não fica para a posterioridade, castigo.
Mas estava eu demolhando a cabeça no partir e a partida não é fácil porque se ela vai fica a saudade que é algo que consome tudo até a vida por inteiro. É difícil ver com ela por inteiro dentro do coração, é horrível viver com a vontade de abraçar e não poder, de beijar e não conseguir e de tocar e não sentir.
Vamos lá sufocar a saudade porque ela dorme até com a gente e acorda e é a primeira coisa que a gente vê.
Eu vou deixar morrer a saudade aqui em baixo, sem ar, sufocada, afogada e inundada.
Aqui mergulhado no zulmarinho vejo que às vezes o orgulho grita mais alto que a saudade mas não lhe vence em sofrimento..


Sanzalando

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