Brinco no zulmarinho, parece esqui os muitos anos que passaram e eu olhava em volta a ver quem eu queria ver. Hoje brinquei com vontade de brincar e esqueci os olhos que já não vêem como viam, a resistência respiratória que já não era famosa naqueles tempos e só piorou, os músculos inexistentes e que sobrou só o espaço deles. Esqueci tudo até o parece é ridículo. Brinquei nas ondas, na areia fiz buracos, joguei à bola nos falhanços mais acentuados de outrora. Não senti nostalgia do futuro porque não parei para pensar e amanhã. Brinquei pura e simplesmente.
Nem tive tempo para saber que as recordações da dor são mais fáceis de recordar que as do prazer, que as pessoas são mais difíceis de conversar, que todos somos perfeitos mesmo quando só lembramos os defeitos.
Brinquei pura e simplesmente, sem me importar se era o lugar perfeito para o fazer, se era amanhã perfeita ou se altura da vida perfeita.
O zulmarinho estava espectacular e eu tembém.
Sanzalando
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