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15 de maio de 2020

faz de conta

Faz de conta abriu o sol. Assim num brilho de fazer inveja a muitos dias de verão. Eu corri para a praia mais próxima e olhei o zulmarinho em meditação. Esvaziei-me de pensamentos e outros tormentos. Me deixei ir na vaga. Nem o meu mau humor me alucinou ou me apoquentou, essa coisa horrível que me persegue. Flui por aí. Acho cheguei a criança. Acho me lembrei de ser feliz despreocupado e adolescente. Acho lancei âncora na vida sorrindo, feliz e contente. Acho cheguei ao ponto que já nem falo, transparentizei-me por completo. Sem falar já meio mundo me entendeu. Outro meio está em vias disso.
Faz de conta abriu o sol de verão outra vez. Do tempo em que eu era criança. Mosquito picou? Faz mal não. Pica pica picou? Não faz mal não. É verão e tudo isso faz parte dele. Nem que seja só de faz de conta


Sanzalando

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