Olha o sol que nasceu brilhante até parece quer imitar o meu sol de criança.
Olha eu a ver o zulmarinho até parece renasci feito homem maduro. Mas nada mudou. Apenas há a esperança. Também o sonho, a ideia e a meditação. Há a escrita, aquela que ninguém lê, ninguém quer ler ou alguma vez será entendida na entrelinha inexistente.
Eu sou mesmo da escrita de esquina, do erro gramatical e letra esfarrapada dum texto sem rimas ou sem nexo aparente. Não sei onde junto o colibri com o ponto vírgula dum amor perfeito. Não sei onde o parágrafo não é o reflexo duma saudade interrompida dum coito de brincadeira de criança.
Eu sou um vagabundo de frases feitas, meias feitas e imperfeitas. Se eu fumasse escreveria na mortalha dum cigarro antes do fumar. jamais deixaria para a posteridade rascunhos nus e crus duma alma fabulosamente minha. Eu sou a imagem circunflexa dum poeta reticente.
Olha o sol que nasceu como quando eu era adolescente...
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