Sobre mim ia caindo uma chuva de pensamentos, uma salada de ideias e um avinagrado sabor a saudade começava a fazer-se sentir. Para onde me levam os passos cada vez mais pesados e decididos? Muito caminhei, sem saber qual o cardeal a seguir até que cheguei à minha cidade Fantasma. Estava adormecida, talvez por ser madrugada, talvez porque fizesse frio, talvez porque eu estivesse desnudado de sentimentos que me poderiam ligar à minha cidade de Imaginação. Eu tremia e quanto mais entrava na cidade mais eu percebia o meu total desconhecimento dela. Procurei o ponto mais alto dela para melhor a ver com a luz do sol nascente. A minha cidade Fantasma não era quadriculada, era um cruzamento de assimetrias com altos e baixos sombreando-se sucessivamente. As casas mais perto da minha vista pareciam-me um castelo de pedras como que a defender a cidade da minha invasão ocular. Desertas ruas mostravam a cidade triste que cada vez mais se iluminava com o nascer do sol e seu crescimento. A cidade acordava muito lentamente. Via-se movimento e imaginava-se o caos a instalar-se. Indiscritivelmente não conseguia ver gente, sentir a existência de pessoas. Percebia o caos instalado mas descompreendi de quê. Foi o meu primeiro contacto com a minha cidade Fantasma.
Rádio Portimão
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