Regressado à minha cidade Real e como havia prometido eu ia contar a minha estória real se a memória ou a verdade não disserem o contrário. E ela começa mesmo no início da minha adolescência, marco importante na minha viragem social, mental e até comportamental.
De verdade que eu sempre mantive um pé mental na minha cidade de Imaginação e na minha cidade Fantasma, porém acho refugiei-me de vez e até à proxima na minha cidade Real. Mas isso não afecta a minha estória, isso não cria obstáculos ou barreiras, saltos e sobressaltos na minha estória de nunca ter chegado à Glória.
As hormonas começavam a sair das suas fabrica intimas acrescentando masculinidade no meu corpo esguio, na minha cara linda afeizada por umas orelhas a dar para o abano, ao meu pensamento que aparentemente até aí não tinha o que fazer e ao meu outro órgão que até então servia para verter águas.
As orelhas me pareciam uns travões de vento por causa da magreza que eu tinha, não era por fome, era mesmo por inquietação intrínseca, física e mental que mais tarde apelidei que era por causada pela minha ideia revolucionária e contestatária, contagiado pela História que ia acontecer num futuro que eu não fazia a mínima ideia.
O meu pensamento andava pelos cigarros, bilhar e pastelaria e um ou outro carro de competição. Queria lá saber de mais o quê.
O outro é que se foi rodeando de pelo e engrossando e mudando o estado de estar de mole a duro apenas por causa dum olhar.
Mas lá andava eu por vezes com voz grossa alternado por uma voz criançada. Eram as hormonas a dar sinal que eu andava na fase do crescimento. Até essa data, por causa duma rebeldia ou por falta de mão macho em casa, eu faltava nas aulas, eu fumava nas escondidas avenidas abertas por onde ninguém conhecido passava
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