E apesar de no lado sul estar céu azul, do lado norte parece vem por aí trovoada. Brilha o sol, ainda. Faz frio, ainda. Mas a luz está optima para uma fotografia. Pena é que não tenho aqui à mão uma paisagem das de postal ilustrado sem moscas e mosquitos e sem o perfume do lixo. Tenho as ruas desertas por uma doença misteriosa que vai derrubando árvore a árvore num silencio atroz. É por essas e por outras que fico em silêncio, atrás da minha janela a ver o mundo mundar num novo caminho que ninguém ainda sabe qual é que é. O dia continua a ter 24 horas, ainda. A noite ainda tem a lua, quando as nuvens deixam ver a mudar os seus quartos no ciclo que aprendi na escola com a frase que ela aqui é mentirosa. Faz conta o novo mundo vai ter tudo direitinho, não vai ter polícias e ladrões, assaltos e assaltantes, homens e mulheres, grandes e pequenos. Faz conta o mundo vai ser diferente, mais igual para todos. Faz conta o lixo vai ser todinho reciclado, até aquele que ainda não foi feito mas apenas pensado por qualquer mente que não compreende que o mundo se mudou para outro lugar de paraíso. Faz de conta que não é preciso haver o dia disto e daquilo porque a perfeição se chamou normalidade
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