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12 de maio de 2023

a vida

Caminhando por aquis, indefinição própria de quem não quer dizer por onde anda, dou comigo a meditar de quantas vezes fui herói, às vezes obscuro, outras vezes na penumbra do desconhecido e outras vezes descaradamente? Quantas vezes podia ter feito mais e não tê-lo feito por desconhecimento ou por falta de percepção? Quantas vezes eu fui sombra de mim, vilão do próprio?
Se eu pudesse devolver-me o tempo das indefinições, dos cortes que deveria ter feito, dos dias obscuros que perdi no conforto dum sofá... não seria melhor do que sou por quanto sou o somatório de todos os meus passos passados, perdidos e encontrados, dados ou arrastados. 
Caminhando por aquis, dos lados todos da vida que vivi, dos planos e pensamentos que ainda não concretizei parece que não me esqueci de ser um ser vivo que vive a vida com gosto. Faço o que faço porque gosto de fazê-lo, porque devo-me fazê-lo e porque o mereço. 
Eu não seria diferente se a minha vida não tivesse dados as voltas que eu lhe dei.



Sanzalando

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