Deixo-me ir pelo meu caminho, mente aberta porem encerrada para qualquer distúrbio. Ruídos e distrações supérfluas me deixam irritado porque me desconcentram do nada fazer e do ser livre de levar as minhas palavras mentais pelos caminhos que eu entender.
Não dou valor aos meus bens de riqueza, ao meu lado bolorento e rançoso, ao meu defeito genético ou feiura facial.
Dou importância à embriaguez cultural, às páginas dum livro novo ou velho, que acrescentem mais valias ao meu conhecimento, aos curiosos que tudo querem saber e fazem coisas por isso, às viagens humildes onde não me encerro em lugares fechados, mas vou em busca de coisas comuns, de pobreza à riqueza, aos extremos da condição humana. Dou importância â amizade desperguntada ou julgativa, desconseguida de segundas intenções. Dou importância à presença inesperada e ao lado criativo dum estar constante mesmo que ausente.
Desconsigo ter saudades doentias de estares que foram passado, de momentos que alicerçaram o meu estar. Descristalizei o meu estado de espírito e levo-me pelos caminhos que quero, como quero, na liberdade criativa dum ser pensante.
Não me cobrem rancores nem outras dores que eu não causei.
Não me obriguem a ser uma cópia falsificada de mim.
Deixem-me ser livre no meu canto fechado, no meu quadrado mental, na minha solidão recheada de gente boa.
Genghis Khan sentia-se como executor de uma missão divina "Um único sol no céu, um único soberano na terra", falando de si mesmo.
Sem comentários:
Enviar um comentário