Olho deste ponto onde vejo o zulmarinho numa maior dimensão. Ele não cresceu, eu é que subi na falésia para lhe ver mais, pois daqui consigo atirar o olhar para pontos mais diferenciados que a pequenez da minha altura. Daqui consigo vislumbrar que a vida é feita de equilíbrios de ilusões e desilusões, aceitações e decepções, de cores brilhantes e cinzentos pensamentos, de doçura e amargura. Pequenos ventos tendem ao desequilíbrio pelo que toda a atenção deve ter um foco.
Desde aqui consigo saber que a saudade é um ponto de luz ou de escuridão, tudo depende apenas da forma como a olhamos ou sentimos. Daqui, onde parece que me refugio, vejo que a linha é tênue e facilmente quebrável, pelo que devo estar atento e não esquecer a minha humanidade e proteger-me da falibilidade de deixar escorregar o pensamento para a tristeza cinzenta e fácil.
Olho e encho-me de recordações felizes dos meus tempos de menino passados no além zulmarinho, ponto onde ele nasce. Triste? Nem pensar, rico por ter recordações.
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