Tem dias que sorrio quando me apetecia chorar, falar quando queria estar em silêncio. Porém não deixo de estar feliz. Até parece eu sou um paradoxo de mim. Mas a realidade é que tem dias que me pergunto se eu mereço o que tenho, se eu fiz algo para o ter? Tem dias de dúvida e incerteza. É assim mais ou menos com os dias de chuva e dias de sol. A gente não lhes manda nem solicita. Tem-nos e vai ter que ter a vida com eles.
Tem dias que parece estamos prontos para a queda e outros em que caímos de surpresa. Nos primeiros até nem dói e nos segundos, mesmo que não doa fisicamente, dói na alma.
Tem dias que a solidão e a tristeza parece acordaram juntas. Mas afinal o que falta é termos vontade de preencher o vazio, animar a ansiedade e dar corda aos músculos da alma.
Tem dias em que o maior de todos os vícios é a confiança. Se ela falha até parece um sismo e o nosso corpo se desfaz em pó. Isto quando temos a capacidade de sair do nosso corpo e nos vermos de fora para dentro.
Tem dias que as palavras escritas parecem sanar a alma, libertar a mente e nos acalmar o coração.
Até parece que um poema triste não pode ter um final feliz.
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