Chove convulsivamente lá fora.
Chegou a hora de reiniciar a vida. Os intervalos são feitos para a gente esticar a cabeça, pousar os pensamentos e depois recomeçar.
Acabou o intervalo.
Vira-se a página, olha-se ao espelho e vê-se que o reflexo é o mesmo. Não se consegue é ver que lá dentro daquele corpo reflectido há mudanças. Crescimento de saberes e sentimentos não são transparecíveis no reflexo do espelho. O mesmo corpo, os mesmos olhos, o mesmo sorriso mas mais madura a pessoa.
Mas acabou o intervalo.
Sentado na minha secretária, ansiosamente esperando que as letras se soltem para a caneta de tinta permanente, para que permanentemente possam ser lidas, relidas e reavaliadas, fico a saber que elas passam antes pelo coração, por essa ligação à terra, filtro da existência, sussurro da carência nostálgica, grito de alerta de um sonho não esquecido porque adiado.
Falo para a caneta de tinta permanente sem saber o que ela escreve nem revejo as lágrimas que caiem na folha de papel. Só pode ser incoerência porque nem eu me reconheço nas palavras que escrevo, não só porque não as releio mas também porque eles se escrevem em letra ilegível como que numa corrida contra o tempo.
Bebo um copo de água como querendo ganhar uma outra fluidez na oralidade perceptível pela caneta de tinta permanente e nem dou conta que a água se salga com a enormidade de lágrimas que lhe caiem.
Sinto que o coração bate com tanta força que parece quer sair da sua prisioneira posição.
Paro. Olho à minha volta como a querer reconhecer o lugar onde estou. Sei que estou aqui, que eu não sou daqui mas é o sítio onde quero estar agora. Sinto-me um estranho neste lugar como se aqui nunca estivesse estado. Daqui a pouco logo se verá como me sentirei e onde quererei estar.
Acabou o intervalo e é hora de recomeçar.
Tranquilizo-me.
Nada é por nada e só é pena eu não estar contigo ainda.
Chegou a hora de reiniciar a vida. Os intervalos são feitos para a gente esticar a cabeça, pousar os pensamentos e depois recomeçar.
Acabou o intervalo.
Vira-se a página, olha-se ao espelho e vê-se que o reflexo é o mesmo. Não se consegue é ver que lá dentro daquele corpo reflectido há mudanças. Crescimento de saberes e sentimentos não são transparecíveis no reflexo do espelho. O mesmo corpo, os mesmos olhos, o mesmo sorriso mas mais madura a pessoa.
Mas acabou o intervalo.
Sentado na minha secretária, ansiosamente esperando que as letras se soltem para a caneta de tinta permanente, para que permanentemente possam ser lidas, relidas e reavaliadas, fico a saber que elas passam antes pelo coração, por essa ligação à terra, filtro da existência, sussurro da carência nostálgica, grito de alerta de um sonho não esquecido porque adiado.
Falo para a caneta de tinta permanente sem saber o que ela escreve nem revejo as lágrimas que caiem na folha de papel. Só pode ser incoerência porque nem eu me reconheço nas palavras que escrevo, não só porque não as releio mas também porque eles se escrevem em letra ilegível como que numa corrida contra o tempo.
Bebo um copo de água como querendo ganhar uma outra fluidez na oralidade perceptível pela caneta de tinta permanente e nem dou conta que a água se salga com a enormidade de lágrimas que lhe caiem.
Sinto que o coração bate com tanta força que parece quer sair da sua prisioneira posição.
Paro. Olho à minha volta como a querer reconhecer o lugar onde estou. Sei que estou aqui, que eu não sou daqui mas é o sítio onde quero estar agora. Sinto-me um estranho neste lugar como se aqui nunca estivesse estado. Daqui a pouco logo se verá como me sentirei e onde quererei estar.
Acabou o intervalo e é hora de recomeçar.
Tranquilizo-me.
Nada é por nada e só é pena eu não estar contigo ainda.
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário