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14 de abril de 2007

Vamos caminhar devagar

Vamos hoje em passo lento por este final de zulmarinho que eu hoje me sinto criatura que se dissolve, se perde fervendo como fervem os sais de fruto. Ainda não aprendi a lidar com isto e nem aos poucos eu aprenderei, porque para sempre eu terei o vigor da adolescência, a inocência da infância e o riso de ser criança.
Mas um dia vou aprender, como aliás fiz com tudo o resto.
Já fiz as pazes com os meus defeitos e hoje os trago a passear para lhe descobrir o mundo, fazendo sempre muito barulho. Mas tento também trazer sempre o que tenho de bom na outra mão, num cortejo desigual, onde cada lado luta para gritar mais alto.
Nunca fui de ter um rumo traçado no previamente, vou dobrando as esquinas sem bússula como quem dobra um pedaço de papel para passar o tempo.
Muitas vezes, sem norte mesmo. Surpresa a cada passo.
Vamos caminhar devagar divagando em vagadundas ideias.


Sanzalando

5 comentários:

  1. Sabe,
    a criança que vive em mim me diverte e me faz feliz por isso eu jamais a matarei. Não quero aprender a ser adulta.
    Os adultos infelizes que se danem.

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  2. Viva Carlos:

    "...Ainda não aprendi a lidar com isto e nem aos poucos eu aprenderei, porque para sempre eu terei o vigor da adolescência, a inocência da infância e o riso de ser criança."

    Garanto-te que também essa é a minha filosofia de vida.
    Não será por acaso que há pessoas que nos causam empatia... e outras não.

    Ainda vamos beber quela "loura", bem fresquinha, um dia destes junto a um zulmarinho deste rectângulo á beira-mar plantado.
    Se não fôr mais a norte... te garanto que vai ser mais a sul :-)

    O convite está feito.

    Passa um óptimo fim de semana.
    Um abraço,

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  3. È mesmo bom poder continuar sempre a ser criança...

    Eu também quero ser...

    Beijos

    TT

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  4. "Fiz as pazes com os meus defeitos..."
    Genial!

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  5. Como é agradável, maravilhoso, voltar a ser criança. Os seus risos, sorrisos, fascinam-me. São deliciosos, ternos, puros de encanto.
    Eu sinto em mim, a sensação do primeiro choro, o primeiro apelo, o primeiro gesto.
    O Mundo infantil é belo. Sim! É belo, maravilhos, repleto de um paladar que adoro e me faz pensar...
    É, como tento ser. Tive contrariedades, é certo, mas superei com o meu persistir.
    Abraço.
    pena

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