Me ouves ou estás em dia de silêncio auditivo? Te apetece caminhar ao longo do zulmarinho ou estás com a paralítica astenia de te remeteres dentro de ti?
Ergue-te, endireita-te, que não carregas o mundo nas costas. Acompanha-me, nem que seja na surdez da tua voz, que eu preciso falar e não estou com vontade de falar aos peixes porque não seria original e ainda agora me chamariam de louco. Por isso te peço com a delicadeza habitual que me acompanhes enquanto eu me falo das coisas que me passam na cabeça.
Porque é mesmo que as folhas caiem? Umas é porque é o ciclo da vida delas e como tal é inevitável que elas cheguem ao chão assim por livre gravidade, outras por causa da uma qualquer agressão que lhes arrancam dos galhos, pois se assim não fosse ainda teriam mais algum tempo de vida.
E porque é que eu não fiz o telefonema, não mandei o e-mail? Por causa de uma briga inofensiva, por causa duma preguiça mental? Caramba, interromper qualquer ciclo de vida é violar a ordem natural das coisas. Além de injusto é cruel.
Já imaginaste as folhas que ficam como se sentem ao ver uma folha ao seu lado ser assim arrancada na folhagem da vida? Até parece que a morte é assunto banal dos dias de hoje.
Tudo isto faz-me pensar que não é boa ideia trancar-me numa redoma de vidro alimentando a utopia de que o mundo é bom e continuar a acreditar na paz universal.
Tudo isto faz-me pensar que há situações que independem da gente, mas que todas as outras são da nossa responsabilidade.
Tudo isto faz-me pensar que às vezes a gente se esquece das coisas simples da vida.
Por isso não me calo de muitos eu te amo aos quatro ventos durante o dia, porque é a minha tentativa de mostrar o que vale na vida para que ela seja apetitosamente vivida.
Ergue-te, endireita-te, que não carregas o mundo nas costas. Acompanha-me, nem que seja na surdez da tua voz, que eu preciso falar e não estou com vontade de falar aos peixes porque não seria original e ainda agora me chamariam de louco. Por isso te peço com a delicadeza habitual que me acompanhes enquanto eu me falo das coisas que me passam na cabeça.
Porque é mesmo que as folhas caiem? Umas é porque é o ciclo da vida delas e como tal é inevitável que elas cheguem ao chão assim por livre gravidade, outras por causa da uma qualquer agressão que lhes arrancam dos galhos, pois se assim não fosse ainda teriam mais algum tempo de vida.
E porque é que eu não fiz o telefonema, não mandei o e-mail? Por causa de uma briga inofensiva, por causa duma preguiça mental? Caramba, interromper qualquer ciclo de vida é violar a ordem natural das coisas. Além de injusto é cruel.
Já imaginaste as folhas que ficam como se sentem ao ver uma folha ao seu lado ser assim arrancada na folhagem da vida? Até parece que a morte é assunto banal dos dias de hoje.
Tudo isto faz-me pensar que não é boa ideia trancar-me numa redoma de vidro alimentando a utopia de que o mundo é bom e continuar a acreditar na paz universal.
Tudo isto faz-me pensar que há situações que independem da gente, mas que todas as outras são da nossa responsabilidade.
Tudo isto faz-me pensar que às vezes a gente se esquece das coisas simples da vida.
Por isso não me calo de muitos eu te amo aos quatro ventos durante o dia, porque é a minha tentativa de mostrar o que vale na vida para que ela seja apetitosamente vivida.
Sanzalando
Te ouço bué nos últimos tempos.
ResponderEliminarTudo isto faz-me pensar que é bom ouvir quem faça voz do que nos vai na alma. Obrigada. Abraço apertado. são branca.