Nas minhas caminhadas há passos que não deviam ser contados ou levado-me a lado nenhum? Claro que sim. Mas não são para apagar, esborratar ou simplesmente ignorar. Eles são parte integrante da minha formação deste agora que sou hoje. É verdade. Dei passos indevidos. Usei palavras sem serem do tempo certo na adjectivação de mim, caminhei calçadas escorregadias, esfreguei-me na vida e arranhei-me suavemente por ela.
A minha vida, jardim de rosas, lindas flores e alguns espinhos, não é, nem nunca quis que fosse, um conta de encantar, de enganar. É só a minha vida, uma passagem dum livro de muitas páginas que não tem fim.
Nas frases desfeitas pelo tempo descrevi-me, contei-me como penso que sou, perdi-me no que gostava de ter sido.
Nestas caminhadas fiz um livro de páginas de vida.
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