Instalado na casa da minha tia, por acaso na casa onde nasci, sendo meio da tarde, é boa hora para fazer a caminhada para a casa do avô. Não sei horário dos machimbombos verdes nem qual o caminho deles e como sou um gajo novo vou mesmo a pé. 45 minutos é mais o quê? Se eu caminhasse descalço, a esta hora de sol pode ser queimava os pés, mas quem tem sandálias se aguenta que nem um pouco de transpiração faz bem.
Pelo caminho passo no palácio. Jardins aprumados e verdes que até parece é gente bem. De governador. Desconheço quem é e não sei se estou interessado em saber. Não me vai ligar nunca. Grande hotel no seu super amarelo parede a mostrar que é muitas estrelas que não me deixam entrar. À frente tem o Liceu onde andou meu pai e mais gente de elevada importância. Lhe olho na sua fachada parece é monumento e presto a minha homenagem, mesmo ainda não sabendo bem quê que é isso. Mas de pequeno se torce o pepino e se educa. Descampado à esquerda e campo de futebol à direita, dizem é da Académica. Sim, pode até que ser mas não tem bola hoje para eu confirmar de olho assinado em papel vivido. Aqui na esquina dizem vão construir cinema grande com boite e tudo. Mas ainda é só um muro para um ribeiro que passa veloz e barulhentamente. Virei e mais uns passos passo na bomba de gasolida dos Gouveia e chego na casa do avô.
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