Foi uma noite dormida e esquecida. Deslembro completamente como correu a noite pois acgo me deitei e só acordei agora para o matabicho. Pão com manteiga e café com leite. Agora vou na casa do avô saber se os tios ou amigos querem ir na piscina da Senhora do Monte. Dou corda nas sandálias e me ponho ao caminho. As primas dormem e a tia tem de ajudar o tio na loja de modas e fardos e não tem tempo para me levar lá. Machimbondo não gosto pois sou muito novo para essas coisas de transportes colectivos em troca duns trocados. Os trocados vão servir para os carrosséis quando começarem as festas da Senhora do Monte. Não posso perder dinheiro agora nessas comodidades.
Cruzo-me com o meu avô que vem a pé e a brincar lhe digo:
- Bom dia Sr. e chamo pelo nome.
Distraído e despassarado como sempre me responde
- Bom dia. segue o seu caminho como se eu fosse algum dos vizinhos que lhe incomodam os pensamentos
Grito:
BOM DIA AVÔ
ele olha para trás e me pergunta:
- Ias passar sem me dar um beijinho, miúdo malcriado...
Olha para o meu olhar de espanto. Lhe acordei dos pensamentos e ele ainda me diz assim.
- Que fazes aqui? como a me preparar um raspanete.
- Estava à sua espera,. Me defendi.
- Anda, vamos à fazenda. Era assim que eles chamavam a essa coisa das finanças.
- Não avô, eu vou se Ruinando já acordaram. São dois mas a gente lhes chama sempre assim parece é só um.
- Direitinho para casa. Quando é que chegaste? Até parece ele não sabe eu cheguei ontem.
- Ontem, avô.
- Não te vi ao jantar?
- Estou na casa da tia Eugénia, avô.
- Ah! e seguiu sem me dizer mais nada.
E eu também fui até na casa dele.
- Avó, O Ruinando?
- Estão a dormir. Não lhes acordes que chegaram tarde.
Esses adolescentes fazem mesmo o quê para se deitarem assim tão tarde? Vou escrever num caderno que não quero ter mais idade que a minha de agora.
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