A Minha Sanzala

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20 de abril de 2007

Caminhemos em palavras

Vamos aproveitar este tempo húmido e falar de coisas soltas como são as palavras que nos saiem da boca e que cada um interpreta como lhe apetece.
Na tua grande sabedoria, de anos feita, já sabes que podemos fazer com as palavras o que queremos. Nós somos o limite delas, lhas usamos para pintar, para descrever, para meditar, para insultar e para fazer silêncios. Tudo depende mesmo do nosso sentir.
Eu já te provei que quando se preserva algum sonho, por mais impossível que aparente ser realizado, fica-nos a satisfação de ter feito algo ou tudo, ou ainda um pouco de menos para o conseguir. Minha mãe me disse que, na minha vida, muito provavelmente eu conseguiria realizar muito dos meus sonhos e outros não. Eu sei que ou ela me disse ou pensou dizer-me ou talvez não. Mas ficou a intenção. É isto que é a vida, fazer planos, lutar pelo que queremos. Com empenho mais cedo ou mais tarde as coisas se podem fazer.
O mesmo é a vida das palavras. Tal e qual. Algumas são nuas, outras são cruas e outras ainda resvalam na barreira da surdez selectiva. Umas atingem o seu fim, outras não. Umas são faladas outras são caladas. Toda a palavra depende da intensidade com que é dita ou calada.
Vamos caminhar sobre palavras levadas pelo vento, sonhadas em noites calmas, vividas em momentos românticos.
Caminhemo-las ao som do marulhar deste zulmarinho que nos leva a mensagem até ao início dele.

Sanzalando

8 comentários:

  1. Também gosto das palavras caladas!!!Palavras que têm uma morfologia enquadrada no silêncio.
    SJB

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  2. Caminhemos então nas palavras.
    Sensatas. Sóbrias. Poucas.
    Gosto de as dissecar. Expressar com sentimento! Sinceramente, os conselhos da sua mãe eram sábios. Repletos de bom-senso! E, muito muito, grandes. Enormes.
    Fiquemos por aqui, porque aprendo sempre.
    Um Bem-Haja.
    Com simpatia e respeito
    pena

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  3. "Palavras levam o vento"...quem disse isso? De certeza que não te conheceu, pois as tuas "palavras escritas" ficam rejistadas e fazem parte da memoria de quem por aqui anda. Continua assim....
    BJS
    IR

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  4. Para quem, ou melhor, de quem são as palavras escritas?
    São de quem as escreve ou são de quem as lêem?
    Cumprirão sua finalidade somente se forem lidas.

    A intensidade depende da sensibilidade de quem as diz e de quem as lê. Elas são como a vida.
    Agora já me pertencem.

    3,14

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  5. ´havia um reclame na nossa RTP em que se fazia a apologia da pasta medicinal Couto e era verbalizada a frase seguinte: «palavras para quê?» O que aqui escreves desdiz a essência de tal frase.

    TT

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  6. "As palavras expressam o nosso sentir".
    E vivo sentindo as palavras, escrevendo, lendo e também inventando...
    Creio que nunca me dei mal..
    Deus me ajude!
    Abraço
    Pena

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  7. Gosto dos textos. Mas onde eles te levam?
    Um dia destes voltarei aqui com mais cuidado e atenção.
    Deves estar perto da loucura!
    Abraços
    Almiro

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  8. JotaCê

    Admiro "un mondo" quem consegue por para fora, em palvras, aquilo que sente e admiro mais ainda quem faz tão bem e com tanta poesia.
    A admiração que sinto é...
    inveja(?)

    Um final de semana "loco de especial" e um beijo patológico.
    Patairada ou
    3,14

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