Mas estas estórias apenas fazem parte dum espólio delas que muito contribuíram para o vagabundo que se estava a formular naquelas cadeiras e agarrado aquele taco que espirrava por falta de gis. Tantas horas ali desconversadas, tantos contos, fábulas e exageros ali ouvidos
Depois de passar umas semanas a vender fruta na quitanda da Laurinda ou de revelar fotografias tipo passe na casa de fotografias que o Bauleth montou por trás da casa das noivas e cujo o fotografo e único empregado me esqueci do nome. Fruto de não usar a memória nas tertúlias dos agora mais velhos que na altura presenciaram essa minha revolução hormonal e evolucional.
Por mais que eu tentasse não passava dum transparente da minha cidade. Desnotado e desqualificado por todos, porém qualificado de muito ajuizado por alguns pais a quem sempre mostrei muita educação e cordialidade. Era um doce de moço escondido atrás duma enorme timidez e duma raiva supergrande de não ser realmente grande.
Os poemas de amor e lágrimas escritas na Sebenta de capa vermelha, que deram algumas músicas cantadas pelo Amorim e Manel VP, que até passavam na rádio quando eu estava de serviço, escondiam esse sede de ser grande por coisas bem feitas, enquanto o vadio e faltoso do liceu ia progredindo na esplanada da Oásis e mesas do AeroClub.
Pequenos dragraus que poderiam dar para qualquer lugar ou virtude
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