A Minha Sanzala

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22 de abril de 2021

primaverou-se o cérebro 30

Tantos foram os momentos em que te vi na minha vida, nos versos que te fiz e os meus amigos te cantaram, que quase podia dizer que sonhava contigo mesmo estando acordado e a teu lado. O teu sorriso de lábio fino, a tua calma aparentemente inerte, os teus olhos não mostrando sentimentos, mesmo assim se a minha vida tivesse terminado num daqueles momentos eu diria que tinha morrido feliz por te ter conhecido. Tal era a força do meu amor, o poder sentir-te na minha alma, o meu desejo ardente de ser feliz a teu lado, a minha caminhada diária de esperança que um dia te conseguisse dizer que te gostava, faziam sentir que a tua frieza mais não era que uma defesa que havias montado para te defenderes de uma qualquer desilusão. 
Honestamente te gostei como nunca havia gostado até aquela altura e já tinha morrido de amores várias vezes, pensava eu.
Como eu queria ser o teu timoneiro, companheiro amante duma vida futura. Me enrolei em fantasias e desenhei corações nas nuvens que inventei. Tanta coisa fiz para te agradar e nunca te magoar. 
Olhando deste futuro, miradouro do meu passado, pequei por amores descomprometidos num doce viver de sofrimento por não ter conseguido nunca dizer-te a alma que eu trazia.


Sanzalando

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