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28 de abril de 2021

primaverou-se o cérebro 36

Passei o fim de semana como se fosse um gajo livre, apenas preso no amor. Mas hoje é dia de voltar à labuta, laboral e escolar. Às 6:30 já estava no RCM, o meu Radio Club de Mocâmedes. O Sr. Velim já ligou os emissores e eu aqui ligo toda a aparelhagem que tem de aquecer porque neste presente ainda não tinham inventado os transístores e as válvulas eram o pão nosso de cada aparelho. Hoje o sr. Ivo, director desta estação, não tem com quê reclamar. Pontualizei-me e sou feliz porque tive um fim de semana de que não vou esquecer mais.
O Veríssimo já chegou. Hoje é ele quem vai abrir a emissão. Nem Arlete nem Edgar nem o Sr. Costa. Para mim, todas as manhãs é lotaria e às vezes acerto na lotaria dos nomes e outras nem por lá perto. A emissão tem de decorrer tranquila porque eu preciso de manter esta tranquilidade apaixonada porque à tarde tenho aulas e às 13 vou no Liceu continuar a banhar os meus olhos no rosto dela. A publicidade está alinhada, os horários fixados e apontados porque nada pode-me falhar. Ainda tenho tempo para brincar com esses cambas que me curtem porque eu sou um gajo de aparecia bem disposto e gosta de brincar, mesmo quando lá dentro tem fogo de chorar. Depois volto a entrar lá para as 20 e venho fazer o Tic-Tac com o Zé Manel Frota. Eu gosto desta vida cheia e encher de amor os ares à minha volta


Sanzalando

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