Certo é que melhorei a minha relação comigo. Esplanada reduzida, bilhar quase a acabar, cigarros mantinha ou aumentava conforme a ansiedade da janela ou varanda. E ela não havia maneira de aparecer. Até parece eu fiz um curativo que não deu certo, um sangrar que não pára, uma ferida que se reabre a cada espreitadela. Todos os dias de um mês foi assim, acordar e ver se era o tal hoje que eu ansiava. Achei que se eu me tivesse atirado duma falésia ia doer menos que tanto amor em espera.
Era amor, eu sei.
As férias tinham começado e os dias se seguiam e eu não a via, nem nos passeios de fim de tarde.
Que é que aconteceu? Me perguntei umas tantas vezes por minuto.
Hoje sei , foi amor mesmo.
Na esplanada da Oásis já todos brincavam comigo. Eu deixava transparecer o meu estado. Inacreditavelmente eu caía rendido ao coração.
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