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15 de abril de 2021

primaverou-se o cérebro 24

E todos os dias eram dias especiais. Eu olhava a janela ou a varanda, ouvia a mini-honda, eu era feliz. Não sei precisar o tempo que passou entre a gravidez da tua irmã que nasceu já parecia era tua filha e as noites de caça a ver o tempo passar. Foram tantos os momentos de alegria e felicidade que nem consigo lembrar as noites de solidão que no meio havia. 
Te queria tanto que acho te conhecia até só saber que olhavas a lua e me desejavas ver nela. A nossa história era tão linda que não devia ter palavras para descrever. 
O mundo mudou e o meu, por te ausentares para longe, acabou. Enlutei-me. A tristeza tomou conta da minha alma, mesmo quando eu ria era com vontade de chorar. Os dias se cinzentaram, um atrás do outro, até que veio uma noite dentro de mim e fugi. Eu queria estar ao pé de ti. Longe do ali que era o meu porto de abrigo. Fugi longamente até voltar a ver-te. Te amei sem ter coragem para te dizer e sem ter força para me contrariar na negação dessa vontade.
Voltasse atrás o tempo e eu não me tinha deixado acinzentar e tinha desde logo posto um lugar de pé alto para mim e te ver de igual.
Foi difícil até deixares de falar comigo.
Foi difícil até me dizeres que não me conhecias.
Foi difícil não me ter chegado à glória depois de te ter gostado como gostei.

Sanzalando

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