A Minha Sanzala

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27 de abril de 2021

primaverou-se o cérebro 35

Já sou entrada regular da tua casa. Já passeio contigo no carro. Não é todos os dias mas há dias que sou um arco-iris de felicidade. Eu a teu lado na voltinha do por do sol ou só do entardecer. Eles, aqueles que me gozam podem ver e engolir em seco e pensar que eu consegui, apesar da minha timidez. Eles só não sabem que tu não sabes deste amor que te tenho.
Contigo e tua família comecei a frequentar também a casa do Sr. Tó, conhecido só por Tó Curibeca. Desconheço porque que é assim mas é. Ele é caçador e nós vamos às vezes com ele. às vezes é mesmo ir só ali ver coelhos ou lebres ou com a minha falta de ver à noite tanto pode ser pedra como elefante que eu não vejo. Apenas sei que estou feliz porque estou ali ao teu lado. Outras vezes vamos por aí só até na Praia Azul. Eu feliz porque contigo abri os limites das minhas cidades. Até a minha cidade de sofrimento tem os limites aumentados quando â noite me escondo nela porque disseste alguma coisa que eu não gostei ou não era para mim. Mas hoje estou feliz porque saímos e eu vim no banco de trás a teu lado até nesta praia.
Vamos por esta areia fora, assim num brincar de crianças, saltando ondas, pulando pegadas alheias, correndo, parando. Vamos fazer o que as pessoas fazem numa praia. quando estão felizes.
Eu falo ou me calo, consoante a vontade do momento, tu ouves ou te surdas conforme o vento ou mais importante, tudo depende da tua disposição..
Eu sonho e te conto e nós ouvimos os recados que chegam através das ondas num festival de letras soltas ou parágrafos inteiros. Eu te disse:
- Mas não te esqueças que mesmo que seja a inteligência quem procura, é o coração mesmo que é quem encontra.
Respondeste eu estava louco só porque queria parecer intelectual. Se não foi isso, isso foi o que percebi.
Depois te falei mais pouco porque hoje me apetece mesmo é correr e saltar pelas ondas do mar até gastar estar felicidade que explode dentro de mim e deve durar pouco porque eu daqui a pouco vou errar e tudo vai por água abaixo.
- Olha, senta-te aqui a meu lado a ver se me passa esta tristeza momentanea e inventada com base no futuro e entretanto me conta coisas novas, me fala da Lagoa dos Arcos que foi coisa que eu não sabia tinham inventado na natureza faz mais tempo mesmo ao lado da cidade eu desconhecia por todo que o tempo, me conta da Baía dos Tigres que tem vezes é ilha e eu nunca lhe conheci, me fala do Catrona que eu não sabia lhe tinham descoberto, me descreve o Morro Maluco que eu lhe conheço de ver desde muito longe.
Olha, senta só aqui e me deixa inventar saudades para eu mais tarde sorrir de ver ou só de me lembrar que um dia tudo isto aconteceu na minha cabeça que fica quase louca quando te estou ao lado

Sanzalando

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