Sentei-me na areia de mil e tantas cores e a fiquei a observar a dita cuja areia. Ela me olhou com cara assustada e eu tive a completa certeza de que ela não estava segura daquilo que estava a ver. Acho ela não me gostou de ver tantos anos depois. Acho ela pensava eu estava igual ao que já era nos ontens de antigamente.
Eu lhe olhava e ela me raivava em sons de pensamento, palavras impróprias de gente crescida, de gente miúda ou apenas de gente, saberia eu mais tarde depois de apurados momentos de saudade e meditação.
Achei eu que os tempos lhe devem ter dito que ela começaria, uma dia mais tarde do que cedo, a amar e deixar que o vento a levasse ao sabor do coração nuns tons de poeira por deserto fora. E lá foi ela, pensava eu ter chegado o dia, pedalando e deixando que o coração tomasse conta dela. O seus tempos não lhe estavam ali a segurar o ombro ou a lhe segredar defesas.
Quando ela percebeu que o meu olhar não se descolava, deu um grito tão alto que me deu até pena depois de recuperado do susto e a onda do mar lhe afagou molhadamente a superfície. Coitadinha daquela areia tantas vezes pisada, sussurrei eu .
O aperto no peito aumentava, o amor em mim explodia ao mesmo tempo que sentia medo daquele areal a me olhar por tempos indeterminados.
Segui em frente, com todos os meus medos nas mãos, coragem no olhar, mostrando para vida que eu sei viver, mesmo que receba em troca um nada, um sorriso frouxo qualquer ou uma malcriada resposta transformada em silêncio num qualquer areal de praia deserta.
Mantenho-me na praia sentado a olhar para o meu sorriso, já sem estória, já sem brilho e já gasto de tanto ter olhado.
Eu lhe olhava e ela me raivava em sons de pensamento, palavras impróprias de gente crescida, de gente miúda ou apenas de gente, saberia eu mais tarde depois de apurados momentos de saudade e meditação.
Achei eu que os tempos lhe devem ter dito que ela começaria, uma dia mais tarde do que cedo, a amar e deixar que o vento a levasse ao sabor do coração nuns tons de poeira por deserto fora. E lá foi ela, pensava eu ter chegado o dia, pedalando e deixando que o coração tomasse conta dela. O seus tempos não lhe estavam ali a segurar o ombro ou a lhe segredar defesas.
Quando ela percebeu que o meu olhar não se descolava, deu um grito tão alto que me deu até pena depois de recuperado do susto e a onda do mar lhe afagou molhadamente a superfície. Coitadinha daquela areia tantas vezes pisada, sussurrei eu .
O aperto no peito aumentava, o amor em mim explodia ao mesmo tempo que sentia medo daquele areal a me olhar por tempos indeterminados.
Segui em frente, com todos os meus medos nas mãos, coragem no olhar, mostrando para vida que eu sei viver, mesmo que receba em troca um nada, um sorriso frouxo qualquer ou uma malcriada resposta transformada em silêncio num qualquer areal de praia deserta.
Mantenho-me na praia sentado a olhar para o meu sorriso, já sem estória, já sem brilho e já gasto de tanto ter olhado.
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