Quem nunca passou as passas do algarve, quem nunca sentiu o calor do inferno, quem nunca esteve à beira do abismo é porque nunca viveu.
Quando eu era adolescente, morrendo por amor a cada dia, eu via luz. Não era comboio na noite nem era o picas do cine Moçâmedes e ensinar o lugar aos atrasados habituais. Eu morria e eu ressuscitava. De e por amor é claro. Jovem adulto passou o mesmo. Morri e ressuscitei por amor. Adulto sem ser jovem repeti dose e agora, adulto que os mais novos chamam de kota ou simplesmente de mais velho, eu morro de amor. Eu não consigo ver a vida sem essa de morrer de amor.
Eu hoje ia sentar no caramanchão e ia ver as mais belas e as outras a passear na avenida, tal como fazia na adolescência inconsciente. Se calhar tinha que ir mais devagar e se calhar já não achava tanta piada às que na altura eu achava de belíssimas. São os ciclos que se me repetem sem eu dar o meu aval ou contrariar.
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