Já te disse não sei quantas vezes, talvez nunca directamente, mas deixei nas entrelinhas, o quanto eu te queria e desejava. Acho que o fiz de todas as formas possíveis e imaginadas, realistas e, quem sabe, abstratas formas usei.
Quem diria que iam passar 44 anos de silêncio e com a forte possibilidade de, não havendo trovoadas ou outras calamidades, serem outros tantos de silêncio desértico?
Não imaginas as vezes que te imaginei encostada no meu peito a receber um afago ou um abraço. Quanto tempo demora um abraço? Os meus, imaginários duram a eternidade do silêncio e são tão calorosos como a profundidade do desconhecido fundo marinho. Te posso dizer que me deves uma vida, porque eu apenas sou corpo de um sonho sonhado na imaginação fértil de um adolescente que se perdeu na lonjura do tempo que passou depois do adeus.
O teu lugar favorito nunca o conheceste porque nunca estiveste entre os meus braços naquele abraço.
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