Dizem que o tempo cura tudo. Mas não é assim. Faz tempo que estou na sala de espera e ainda estou na mesma. Eu queria ser curado de morte de amor e nada. Amo como nunca e nem sei mais como fazer a tanto amor. Olho no horizonte e deixo o tempo correr mas as borboletas continuam a esvoaçar na barriga até que nem adolescente aguenta quanto mais eu que estou aqui sentado faz mais horas que o tempo se esqueceu.
O tempo faz lembrar, às vezes numa sensação de saudade e outras numa posição parece é tempestade. O céu escurece, o céu clareia mas o amor está lá assim feito brasa a queimar num fogo quente.
O tempo não esquece a verdade como apaga e desculpa a mentira. E a verdade é que faz tempo que eu queria ser curado e desconsigo. Amar assim até dá dor, consome o corpo duma alma fragilizada de saudade.
O tempo é que nem livro, não apaga mesmo que queimado e muitos foram os que se queimaram ao longo do tempo e hoje a gente ainda fala disso. Tem gente que queima tempo para ver se ele apaga mas nada. Não apaga nem cura.
E é recordando o tempo que me lembrei que faz tempo eu escrevo a cura da minha alma e não me esqueço que há diferença entre perder tempo e esperar.
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