Hoje me deixaste pendurado na minha solidão. Tinhas muitas coisas combinadas e não me deste tempo para poder estar contigo. Já faz dias que me disseste que hoje não nos veríamos. Assim foi. Certa, como sempre. Hoje passei o dia com uma secura na boca e um aperto do peito que nem te passa pela cabeça. Foste na tua mini-honda, que te vi partir, e não sei quando voltas. Eu fui na esplanada, fui no bilhar, mas em lado nenhum me senti eu. Estou desconfortavelmente só. Vai ser este o meu futuro? Não próxima vez que estivermos juntos eu te vou dizer o quanto é pesado um dia sem ti. Vês-me diferente porém não notas que é amor que eu tenho? Acho mudei demais o meu ser. Como é que eu vou fazer um acerto nas minhas rotações mentais? Se eu fosse um relógio acho ia ao Moreira para consertar. Se eu fosse um carro ia ao Abel. Mas quem pode me consertar o eu que se mudou tanto que nem o eu próprio se consegue identificar?
Hoje solidifiquei-me em solidão. Bati no fundo da tristeza isolada. Hoje perdi a essência de ser um ser livre que criei em anos de vadiagem. Afundei-me em ti num quase afogado de mim
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