Hoje, e para variar este ano lectivo, temos aulas à tarde.
Não falto como deixei de faltar o ano passado. Mamede e tu são as melhores notas mas eu este ano tenho uma posta comigo: vou-vos ganhar ou pelo menos igualar. Tenho que te mostrar que eu valho-te. Tirando uma ou outra recaída, eu passei a ser estudioso e a ter tempo para preparar as aulas. Ainda não sou como tu que já estou a matéria toda deste ano, nem como o Mamede que sofre por notas. Mas por este andar eu chego lá, mesmo que não me esforce. Amor próprio, dizem os mais velhos. Dar nas vistas dizem os colegas admirados.
O Dr. Coutinho hoje pôs-me KO. A vocês os dois deu-vos bom e a mim suficiente mais?! Não pode ser. Protesto. Ele me diz que o meu passado vale mais que o meu presente. Tenho de lhe provar que está errado. Vá lá, desta vez não me fez o que me fez o ano passado. Deu-me BOM e escreveu a vermelho copiado. A desconfiança é muito feia. Agora tenho de provar que eu estou mudado? Não se vê no presente sorriso da minha cara? Querem mais o quê? Querem eu traga um cartaz a dizer que lhe gosto e foi por ela que eu estou assim que nem um novo tipo?
Eu vou ter que falar com o A. Sousa, o reitor desta coisa que chamam Liceu e que não está a ser honesta comigo. Não! Vou sorrir e vou fazer melhor na próxima nem que tenha que me esforçar mais do que nunca.
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