A Minha Sanzala

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25 de maio de 2021

sol brilhante

O sol brilha parece quer dar colorido ao dia e consequente à minha vida. Uma ou outra nuvem do céu para me lembrar as festas do mar e o meu adorável algodão doce. O movimento das ruas a me recordar o que é a vida, azáfama e movimento mesmo que tenha gente a correr para lado nenhum. Um grupo de pessoas conversa numa algarviada imperceptível na esquina deste cruzamento como que a me fazer recordar as minhas esquinas da vida onde perdi ganhando horas de vidas. 
Faz sol a cada momento deste brilhante tempo que aqui, no teus lados de porto seguro, chamam verão. Lá nos nossos lados era tempo do calor, tempo de ir à praia, tempo de saídas à noite quanto mais não seja para ver coelhos a saltar e a tentar nos fintas nas suas curvas apertadas para a gente não lhes acertar. 
Faz sol e eu não faço a mínima ideia de como é o teu aspecto agora. Estou certo, sem medo de errar que mantens o corpo esguio, altamente belo e curvado porque o tempo deve ter-se curvado a ti e não num vice versa de memórias. Teimosamente cabelos longos, hoje cinzentos, porem livres como livre deve ser o teu estar por esta vida.
Eu, vadiando, curvado pelo mesmo tempo que me viu crescer e fazer coisas boas, grisalhei num escassear de cabelos, num apelo à terra que me curva como se tentasse me absorver, doendo-me aqui e ali por tentativa do contrariar este apelo. 


Sanzalando

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