Sigo pedalando pela cidade feito um vazio mental. Tiro as mãos do guiador para sentir que não domino por completo a situação e para saber que qualquer distorção do meu corpo me levará ao chão. Pedalo na instabilidade para me sentir vivo mesmo que os meus olhos de um momento para outro possam parecer os de um morto que não sabe que lhe aconteceu. Pedalo vagabundo pelas ruas desertas da minha cidade. A minha cidade é deserta. Deve ser da hora ou somente se resguardam à minha passagem ou simplesmente sou eu que não quer ver ninguém. Pedalo porque sim ou talvez mais porque não me apetece ficar estático a olhar o céu azul que até pode estar cinzento chuvoso.
Sigo pedalando porque a vida que eu vivo apenas depende de mim como a sinto.
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