Sanzalando em Angola
'Dinky Toys' 27-11-2003 16:55 Forum: Liceu Américo Tomás
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Deslembro a idade. Mas toda uma geração fez colecção desses carros a imitar os verdadeiros. Na casa do Bitakaia - quase no parque infantil, quase no liceu - até se fazia corrida que durava 24 horas. Se punha o filtro do cigarro preso com adesivo, entre as rodas da frente, para ele andar a direito. Foi mesmo uma febre que durou uns anos. Todos os fins de semana lá havia uma corrida aqui ou ali. Se pagava a inscrição e lá tinha x para o 1º, y para o 2º etc. Que coisa mail linda ver todos de gatas a atirar os carros com força, mas tudo bem doseado para não sair da pista, se não voltava atrás. Me lembro que o meu carro preferido era um Saab cor de chumbo. E me lembrei agora que três meninos às vezes iam na Drogaria do Rosa ver os carritos. Um deles tinha uma pasta de cabedal castanha que atraia os carros lá para dentro e lá saiam sem pagar aquele que se tinha escondido sem ajuda de ninguém. Também os carros não gostam de ficar parados assim. Esse menino tinha uma Suzuky. Uma outra vez esses mesmo voltaram lá mais uma vez para admirar aquelas maravilhas e estava la um Escort a pedir soluçando para vir apanhar ar. Mas cadê o dinheiro? E hoje a pasta de cabedal num veio. Jacaré resolveu o problema, meteu o dito nas meias e vinham todos lampeiros a sair da Drogaria do Rosa. 'Meninos vem cá'! disse o Mota, empregado (filho) do Rosa. De cima do seu 1,60 de altura impôs o respeito e lá voltaram os três para dentro da Drogaria. 'Este Senhor' virando-se para um mulatão que trabalhava na Alfândega e que deslembro o nome - 'viu-vos a roubar um carro' 'mas que não senhor'. 'Mostrem lá as pernas' - O dono da pasta que hoje não trazia a pasta saiu limpo, o César Ferreira da MiniHonda foi o segundo e também saiu limpo. O Jacaré mostrou de 4 vezes a mesma perna e em várias posições, que quase saia limpo, se o Mota não tivesse ficado baralhado e quisesse ver tudo de novo outra vez.
Hoje choveu e não estamos em Março
'Dinky Toys' 27-11-2003 16:55 Forum: Liceu Américo Tomás
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Deslembro a idade. Mas toda uma geração fez colecção desses carros a imitar os verdadeiros. Na casa do Bitakaia - quase no parque infantil, quase no liceu - até se fazia corrida que durava 24 horas. Se punha o filtro do cigarro preso com adesivo, entre as rodas da frente, para ele andar a direito. Foi mesmo uma febre que durou uns anos. Todos os fins de semana lá havia uma corrida aqui ou ali. Se pagava a inscrição e lá tinha x para o 1º, y para o 2º etc. Que coisa mail linda ver todos de gatas a atirar os carros com força, mas tudo bem doseado para não sair da pista, se não voltava atrás. Me lembro que o meu carro preferido era um Saab cor de chumbo. E me lembrei agora que três meninos às vezes iam na Drogaria do Rosa ver os carritos. Um deles tinha uma pasta de cabedal castanha que atraia os carros lá para dentro e lá saiam sem pagar aquele que se tinha escondido sem ajuda de ninguém. Também os carros não gostam de ficar parados assim. Esse menino tinha uma Suzuky. Uma outra vez esses mesmo voltaram lá mais uma vez para admirar aquelas maravilhas e estava la um Escort a pedir soluçando para vir apanhar ar. Mas cadê o dinheiro? E hoje a pasta de cabedal num veio. Jacaré resolveu o problema, meteu o dito nas meias e vinham todos lampeiros a sair da Drogaria do Rosa. 'Meninos vem cá'! disse o Mota, empregado (filho) do Rosa. De cima do seu 1,60 de altura impôs o respeito e lá voltaram os três para dentro da Drogaria. 'Este Senhor' virando-se para um mulatão que trabalhava na Alfândega e que deslembro o nome - 'viu-vos a roubar um carro' 'mas que não senhor'. 'Mostrem lá as pernas' - O dono da pasta que hoje não trazia a pasta saiu limpo, o César Ferreira da MiniHonda foi o segundo e também saiu limpo. O Jacaré mostrou de 4 vezes a mesma perna e em várias posições, que quase saia limpo, se o Mota não tivesse ficado baralhado e quisesse ver tudo de novo outra vez.
Hoje choveu e não estamos em Março
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