A Minha Sanzala

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19 de fevereiro de 2004

desvarios (22)

Sanzalando em Angola
Tens na carteira, ai no bolso do casaco, mesmo do lado do coração o bilhete de regresso.

Desqueceste de nós. Essa não te perdoo. Nós que aturávamos a tua mania de seres um grande guarda-redes de futebol, que tinhamos que segurar a tua pasta castanha de cabedal sempre mais pesada que nós próprios, que punhamos km na tua Suzuky e que tinhamos que aturar as tuas gaffes no Fórmula POP, fomos esquecidos? Desculpa mas não perdoo mesmo.

Sei que 'morreste' mas ressuscitaste há já algum tempo.

Sei, penso que sei, que fiz-te ir buscar ao fundo do teu sótão intracraneano imagens, personagens, momentos que recordaste com a alegria de quem revê um filme de 8 mm ao serão, na companhia dos que te são queridos.

Sei que gostei, e gosto de reler, as nossas estória de faz e conta. Temos agora mais um parceiro a ajudar a 'mapear' a nossa terra.

Olha, hoje, com ajuda de um dicionário consegui escrever em português legível.

Mas escrevo-te porque me apeteceu dar-te nas trombas por não teres aparecido aqui a falar das tuas baleias. Não gostei da Maravilhas. É muito pretenciosa.

Olha, pensando bem, estás perdoado e eu não meto esta carta no correio. Fica mesmo só entre nós

Um abraço

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